Você sabe o que é Outplacement?

Demitir nunca é um processo simples. É importante que a empresa saiba, no entanto, que pode fazer isso com o máximo de respeito.

Quando falamos sobre turnover involuntário, inevitavelmente nos deparamos com questões delicadas. Demitir um funcionário não é simples: não basta dizer a ele que a empresa está passando por reformulações. Por isso a necessidade do outplacement.

Afinal, ao lidar com seres humanos, é preciso que tenhamos cuidado e delicadeza. Na hora de abordar um assunto como este, o RH deve preservar a privacidade do funcionário, impedindo que ele esteja na sala com várias pessoas, e buscar comunicar a demissão sem criar um ambiente de constrangimento.

Lembremos que o emprego, além de estar associado à forma através da qual as pessoas mantêm suas casas, contas e vida pessoal em dia, está associado à autoestima, ao pertencimento, ao famoso “lugar no mundo”. 

Muitos se definem a partir de suas profissões, e perder o emprego pode ser impactante. Não são incomuns os relatos de pessoas que adoeceram após a demissão, especialmente se o processo foi conduzido de forma injusta e sem o devido cuidado. 

Para ter cuidado com o ser humano e honrar o tempo em que o trabalhador esteve na empresa, as instituições têm adotado um procedimento chamado Outplacement. Para entender um pouco mais sobre o assunto, leia o material que preparamos a seguir.

 

O que é o Outplacement?

Trata-se de uma metodologia que tem como objetivo instruir as pessoas após a demissão, para que elas possam reencontrar seu espaço no mercado de trabalho.

Como se pode ver, é um processo que almeja facilitar a reinserção do profissional em sua área de atuação, mas também preservar as saúdes mental e financeira do colaborador.

É um processo pensado principalmente para os funcionários que estiveram por um longo tempo na companhia, uma vez que, por conta dessa estadia, podem não estar mais alinhados às necessidades de seu nicho.

O mundo muda o tempo todo e é natural que a nossa estabilidade e rotina nos tornem menos conscientes e “antenados” a essas mudanças. 

Da mesma forma, se estamos sem fazer entrevistas ou renovar nosso material de trabalho há muito tempo, teremos dificuldades de dialogar com novas empresas e movimentos do mercado.

Para minimizar o estranhamento das situações anteriores e permitir que o funcionário vá preparado para novas possibilidades, são empregadas algumas ações.

 

Ações do Outplacement

Primeiro, é natural que as companhias ofereçam ao colaborador algum suporte emocional. Isso pode ser feito por meio de psicólogos alocados, mas também pela facilitação de acesso a espaços terapêuticos. 

A atuação do RH, nessa hora, também é decisiva para que o impacto não seja tão severo. O oferecimento de sessões de coaching e similares também pode acontecer. 

Compreendemos, no entanto, que o coach pode ajudar na definição de metas e estruturação de objetivos, mas não pode cuidar da parte psicológica de uma pessoa – isso, salientamos, é trabalho para um especialista na área em questão.

 

  • Além disso, são ações de outplacement:
  • Oferecimento de workshops voltados às tendências do mercado;
  • Oferecimento de cursos e treinamentos;
  • Busca por vagas em companhias parceiras;
  • Treinamento para entrevistas e demais processos seletivos;
  • Auxílio na reestruturação e na criação do currículo;
  • Identificação de pontos fracos e fortes do funcionário;
  • Identificação de soft e hard skills.

 

Tudo isso tem a capacidade de gerar um autoconhecimento para o funcionário, bem como mais confiança nas ações que ele executará.

 

Será que a ação tem efeito real?

Sim! O Outplacement, quando feito de forma coerente e de fato direcionada às necessidades do funcionário e do mercado, facilita a recolocação profissional do colaborador.

É apenas esperado que, com todo esse suporte, todo o processo seja menos traumático para o funcionário, que também conseguirá se reerguer mais depressa.

Trata-se de um esquema win-win, ou ganha-ganha, na qual a empresa consegue humanizar o seu processo de demissão, e onde o funcionário, mesmo após perder o emprego, sente que foi valorizado como especialista na sua área de atuação.