Você já deve ter ouvido falar sobre o Open Banking — conjunto de tecnologias e regras que possibilita que instituições financeiras compartilhem serviços e dados de clientes por meio da integração de sistemas.
No ar há um ano, desde o lançamento já se esperava que novos produtos ou serviços surgissem a partir dele.
Nesse contexto, foi criada a Open Economy que, entre outras funções, vai facilitar a tomada de crédito, visto que as instituições terão acesso às informações dos solicitantes.
Com isso, a tendência é que os juros de financiamentos sejam mais baixos e que os clientes tenham o cartão de crédito aprovado na hora.
Para que você entenda mais sobre esse conceito, neste artigo, reunimos as principais informações sobre essa tendência, que promete trazer um novo ambiente para empresas e pessoas no que diz respeito ao compartilhamento de informações e modelos de negócios.
Qual a definição para a Open Economy?
A Open Economy é considerada a evolução do Open Banking, ou seja, trata-se de um mundo em que a tecnologia protege as informações em uma rede ou mais para troca de bens ou dados.
Além disso, a Open Economy também inclui o compartilhamento de habilidades e recursos nos mais variados nichos da economia, por exemplo:
- Meios de pagamentos;
- Energia;
- Seguros;
- Saúde;
- E-commerce;
- Entre outros.
Em outras palavras, ela se torna uma rede aberta para troca e compartilhamento de informações. Tudo isso promove um novo ambiente, para pessoas e para empresas, facilitando o acesso a todos esses dados.
Como está a evolução do Open Banking?
Após um ano da implementação e da conclusão das quatro fases, já foram realizadas mais de 231 milhões de interações para compartilhamento de dados no Open Banking.
Isso evidencia não só o crescimento, mas também a consolidação do programa e o maior conhecimento das pessoas em relação aos benefícios gerados por essa operação.
Quando chegará a Open Economy?
Na verdade, ainda há muito trabalho a ser feito para chegar ao nível de evolução e maturidade de uma economia aberta e compartilhada.
Entretanto, algumas áreas já se espelham nessa iniciativa bancária e financeira com projetos de abertura bem semelhantes, como é o caso do Open Insurance, para os seguros, e do Open Health, que traz um ecossistema de integração de dados entre laboratórios, hospitais e outros segmentos da área da saúde.
Hoje, pode-se dizer que o Brasil faz parte da linha de frente da abertura do mercado financeiro na América Latina, pois sempre ocupa uma posição de destaque entre as iniciativas dessa região do continente.
Após a conclusão de todas as etapas do Open Banking no país, já é possível perceber a possibilidade da chegada do Open Finance, em que são oferecidos os melhores produtos relacionados a investimentos, finanças e ativos para os clientes.
A partir daí, a discussão sobre a Open Economy tende a ganhar força — o que sem dúvida alguma vai tornar o leque de atuação do mercado financeiro mais amplo, oferecendo uma facilidade maior nas transações e acesso a serviços e produtos globais.
Quais serão os principais pilares da Open Economy?
Para uma melhor compreensão sobre a Open Economy, vale destacar os principais pilares que farão parte do futuro da economia aberta. Veja a seguir:
Compartilhamento de dados
Como mencionamos, a partilha de dados ocorrerá entre diferentes áreas na Open Economy, como o setor da saúde, o mercado financeiro, os meios de pagamentos, o e-commerce etc.
Abertura e compartilhamento de modelos de negócios
O novo conceito permitirá que empresas dos mais variados segmentos ofereçam produtos financeiros, como o setor de varejo (modelo de negócios baseado na venda de bens ou serviços ao consumidor final).
Compartilhamento de talentos
O conceito que atrai profissionais autônomos, Gig Economy, abrirá oportunidades para trabalhadores atuarem em diferentes frentes e empresas, oferecendo seus serviços para quem se interessar.
Compartilhamento de experiências
A Open Economy também conta com outro elemento muito importante: a promoção de uma experiência de compra customizada (hiperpersonalização), a fim de garantir a fidelização do cliente por meio de uma boa experiência.
Esse conceito vai além da personalização no atendimento e de fazer com que o cliente tenha uma experiência individual, pois atende às necessidades do consumidor de maneira mais eficiente, pelo canal que ele desejar.
Além disso, essa experiência também consiste em oferecer serviços, produtos e soluções sempre ligadas ao que o cliente realmente precisa, pois utiliza dados para conhecer o perfil de cada comprador.
Qual a importância da Open Economy para as empresas?
Ainda que pareça distante, é fundamental que as empresas prestem atenção na Open Economy e se preparem para implementá-la nas estratégias organizacionais o mais rápido possível, para ganhar mais destaque e competitividade no mercado.
Isso porque, em meio a esse turbilhão de compartilhamento de informações, é importante que a companhia proteja os dados dos clientes contra roubos, o que evita fraudes e assegura o compliance da empresa.