Entre as melhores alternativas para comprar um imóvel ou um carro no Brasil estão os financiamentos. Para não se surpreender com o valor final da compra, você precisa entender quais impostos são cobrados nessas operações.
Aqui, vamos listar os principais tributos que aumentam o valor do CET (custo efetivo total). Inclusive, é certo dizer, ainda, que os modelos de financiamento seguem em alta no país como um todo.
O número de financiamentos imobiliários teve um aumento de 65,7% em 2021, atingindo um volume de 205,4 bilhões de reais. O volume de financiamento de veículos também aumentou 6,8% no ano passado, foram quase 6 milhões de carros financiados em 2021.
Confira abaixo quais são os principais impostos que incidem no CET do financiamento imobiliário e de veículos:
ITBI (Imposto sobre transmissão de Bens Imóveis)
O ITBI é um imposto cobrado para realizar a transferência de propriedade de um imóvel. A alíquota pode variar entre 2% e 3%, de acordo com cidade e estado. O valor deve ser pago no cartório antes da finalização da escritura do imóvel.
O imposto só é pago uma vez e a responsabilidade de pagamento é do comprador do imóvel. Dessa maneira, conhecendo o valor total do imposto, é possível negociar um possível abatimento no valor do imóvel para baratear o CET.
IOF (Imposto sobre Operações Financeiras)
O IOF é um tributo cobrado em diversas operações financeiras, por exemplo, nos seguintes casos:
- Empréstimos;
- Seguros;
- Financiamentos;
- Entre outros.
A alíquota de IOF para financiamento de veículos e imobiliários é de 0,38% sobre o valor total da operação, mais um percentual cobrado sobre os valores pendentes. Esse imposto costuma engrossar o valor final de financiamentos, por isso é importante estar de olho.
ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços)
O ICMS é um imposto cobrado no financiamento de veículos. Sendo um imposto estadual, a alíquota do ICMS pode representar, em média, 10% do valor do CET, um custo considerável em qualquer financiamento.
A alíquota de ICMS costuma variar bastante de estado para estado, por isso é essencial ficar de olho! A dica é esperar um momento de corte no ICMS para diminuir o CET do financiamento.
IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)
O IPI é um imposto federal cobrado nas operações financeiras que envolvem a venda de produtos industrializados, sejam nacionais ou internacionais. Por isso, há a incidência de IPI no financiamento de veículos, a alíquota varia entre 7% e 25%, dependendo do modelo.
Em alguns momentos, o governo isenta alguns setores do pagamento de IPI para estimular a economia, já tendo zerado em alguns momentos o tributo para o setor automotivo.
COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social)
O COFINS também é um imposto federal, com alíquota fixada em 7,6% no valor final do veículo. Esse tributo tem como objetivo financiar o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). O percentual gera um aumento considerável na CET em financiamento de veículos.
PIS (Programa de Integração Social)
O PIS é mais um imposto federal cobrado no financiamento de veículos. A alíquota está fixada em 1,65% do valor do automóvel e se destina a pagar abono aos trabalhadores que recebem salário-mínimo.
IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores)
O IPVA não é um imposto que incide no financiamento do veículo, mas é preciso ser considerado na hora da operação. Isso porque essa é uma taxa anual paga por veículos novos e seminovos, que varia de estado para estado e pode ser barateada em carros com GNV (gás natural veicular).
Geralmente, o comprador precisa pagar o IPVA logo após a compra do veículo, o que acaba aumentando o valor final da compra, mesmo que indiretamente. Estes são os principais tributos que incidem no valor final de financiamentos de veículos e imobiliários, direta ou indiretamente.
É fundamental conhecê-los antes de concluir o financiamento para entender como os impostos podem elevar o valor final da compra de imóveis e carros no Brasil.