O ramo de alimentos é um dos mais promissores do Brasil. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA), o setor registrou um crescimento de 2,08% no faturamento no ano de 2018, com o valor de R$ 656 bilhões em exportações e vendas para o mercado interno – o que representa quase 10% do PIB nacional.
Além disso, o segmento alimentício foi responsável pela geração de mais de 13 mil empregos diretos e indiretos, contribuindo significativamente para a economia do país.
De todos esses resultados, o mercado de alimentos é o que mais cresce, com 81% do faturamento. Em seguida, destaca-se o setor de bebidas, com aumento de 4,2% em 2017.
Portanto, não é de se espantar que muitos empreendedores estejam de olho do ramo de alimentos, principalmente, na abertura de estabelecimentos do setor, como restaurantes, lanchonetes, salgaderias, culinárias típicas, entre outros.
As ideias de negócios em alimentos são muitas. Atualmente, a tendência é o investimento na alimentação saudável, como a comercialização de produtos saudáveis, saladas e alimentos vegetarianos.
Dados da Brasil Food Trends 2020, uma iniciativa da FIESP, mostram que o mercado de alimentos saudáveis teve um crescimento médio de 12,3% ao ano.
E não para por aí: muitas pessoas já buscam abrir um pequeno negócio no ramo de alimentos saudáveis, com o oferecimento de opções de marmita e lanches.
Por isso, observa-se um crescimento no cadastro do MEI (Microempreendedor Individual), com participação em atividades econômicas ligadas ao setor alimentício.
Dicas para o sucesso no ramo de alimentos
Muito mais do que ter uma boa ideia de negócio, o ramo de alimentos demanda muito cuidado, atenção e comprometimento.
Em primeiro lugar, o empreendedor precisa conhecer a legislação específica para o setor, que inclui o cumprimento das recomendações da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), bem como demais normas técnicas.
Sendo assim, vale buscar referências para abrir uma empresa em conformidade com a lei.
Além disso, vale a pena formular um Plano de Negócios, isto é, um documento contendo todos os detalhes do empreendimento, inclusive, os gastos com o investimento em equipamentos indispensáveis para o ramo alimentício.
Por exemplo, no caso de restaurantes self-service, é importante adquirir uma pista para restaurante, que irá armazenar os alimentos e colocá-los à disposição dos clientes.
Entre outros equipamentos indispensáveis para os estabelecimentos alimentícios, destacam-se:
- Congeladores, freezers e geladeiras;
- Fogões industriais;
- Exaustores e depuradores;
- Utensílios domésticos (panelas, talheres, etc.).
Ademais, é necessário avaliar as características de cada empreendimento. No caso de padarias, é indispensável a presença de uma vitrine expositora para padaria, onde os produtos serão colocados, de maneira atrativa, para despertar o interesse e o desejo de compra nos consumidores.
Todos esses detalhes podem ser discriminados no Plano de Negócios, para que o empreendedor tenha uma base dos gastos iniciais para a abertura do empreendimento.
Outro ponto importante é colocar o valor de depreciação de cada equipamento, como forma de avaliar os gastos com esses itens ao longo dos anos.
Investimento em estratégias de marketing
Assim como todos os tipos de negócios, o ramo alimentício precisa de um bom investimento em marketing. Afinal, a publicidade é vital para que os potenciais clientes conheçam o empreendimento.
Sendo assim, uma alternativa viável é elaborar métodos efetivos de comunicação visual, como o uso de uniformes personalizados.
O mais comum é a camisa polo personalizada, que pode ser utilizada por todos os colaboradores durante o trabalho. Desse modo, é possível criar uma identificação visual entre a marca e o público.
Mais do que as camisas, uma poderosa ferramenta de marketing são as redes sociais. Elas têm contribuído para levar anúncios e conteúdo exclusivo para cada vez mais pessoas, de modo atrativo, eficiente, e o melhor: barato.
Muitas vezes, o custo com anúncio pagos em mídias sociais é bem mais barato do que propagandas em veículos convencionais.
Ademais, é importante contar com um representante comercial, ou seja, um profissional especializado na mediação para a realização de negócios mercantis. Assim, ele pode agenciar propostas ou pedidos, para melhorar a presença do empreendimento no mercado.
Os representantes comerciais não têm vínculo empregatício com a empresa, por esse motivo, é possível contratar o profissional sem a necessidade de registro, mas diante um contrato de negociação.