Conheça a área especializada da Polícia Científica

Você sabe o que é a área da Polícia Científica? São órgãos que fazem parte da administração pública e estão na grande maioria dos estados brasileiros. 

De forma geral, eles coordenam as atividades dos ramos do Instituto de Criminalística (IC),  Instituto Médico-Legal (IML) e, algumas vezes, do Instituto de Identificação (II), na unidade federativa da qual fazem parte, como a polícia civil MS.

A área, também chamada de Instituto Geral de Perícias ou Centro de Perícias Científicas e Superintendência de Polícia Técnico-Científica, é responsável pela perícia de natureza criminal e, geralmente, é desvinculada das polícias civis dos estados brasileiros.

Como esta área atua?

A Polícia Científica é especializada em produzir as chamadas “provas técnicas”, ou “provas periciais”, sendo responsável pela área. Isso acontece por meio de uma análise científica, que considera vestígios e rastros deixados pelos criminosos.

O profissional é focado na investigação científica dos crimes, conhecida como investigação forense. Ele vai até o local da ocorrência, coleta provas e faz uma análise minuciosa, pois a investigação é totalmente baseada em evidências científicas.

O local de trabalho vai depender das incidências que acontecem na cidade. O perito precisa ir ao local dos crimes para coletar os dados e ajudar a solucionar os casos. 

O profissional pode atuar em diversos tipos de crime, como violência, assassinatos, roubos e até problemas que envolvem tecnologia, como fraudes em documentação, computadores e problemas fiscais.

Qual a importância da Polícia Científica?

A Polícia Científica surgiu com a necessidade de garantir que a perícia fosse feita de forma responsável e com os recursos necessários para isso. 

Eles precisavam gerir a própria organização para que o trabalho fosse feito de forma correta, com recursos humanos e financeiros adequados, desde que ficassem dentro do orçamento do Poder Executivo.

Dessa forma, há mais confiabilidade no trabalho da equipe, seja nos laudos, seja nos exames feitos pelos profissionais. A própria Organização das Nações Unidas (ONU) é à favor desta não-vinculação, como forma de aumentar a credibilidade do trabalho.

Para que serve a desvinculação da Polícia Científica?

O principal motivo para a desvinculação das Polícias Civis é a necessidade de evitar possíveis interferências no trabalho pericial. Dessa forma, os peritos terão autonomia para realizar o trabalho, independentemente da linha de investigação. 

Não estar vinculado às demais áreas policiais é uma recomendação dos órgãos nacionais e internacionais. Entre os apoiadores desse processo estão a Anistia Internacional, as Comissões dos Direitos Humanos e algumas assembleias, como as legislativas e as estaduais.

Como trabalhar nesta área?

Para fazer parte da Polícia Científica é preciso ter um curso superior, ou seja, uma graduação. Não há um curso específico, mas é importante que seja em uma área ligada ao tipo de investigação feita, como:

  • Química;
  • Psicologia;
  • Farmácia;
  • Biologia;
  • Bioquímica;
  • Entre outras áreas.

Após a formação universitária, é necessário passar por um dos concursos públicos oferecidos pelos institutos criminalistas. Ao ser aprovado, o candidato começará na carreira, atuando no cargo em que se candidatou no concurso.

Quanto ganha um profissional da área?

O valor do salário varia conforme o estado e a cidade em que o profissional irá trabalhar. Além disso, cada concurso público oferece um valor específico, sendo necessário verificar o detalhamento da remuneração no edital.

Mas, de acordo com o site Glassdoor, um perito criminal ganha entre 9 e 14 mil reais mensais, enquanto um agente recebe de 6 a 14 mil. Já o site vagas.com indica uma média de R$ 9.107,00 mensais para peritos criminais.

Texto: Gustavo Marques