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Mercado: Como economizar mesmo com o aumento de preço?

Café, óleo, leite, arroz, farinha de trigo, carne e pão, esses são alimentos considerados fundamentais que começam a faltar nas casas dos consumidores e, inclusive, nas prateleiras do supermercado. 

A crise está aí, e a inflação é uma grande prova disso, e ao contrário do que muita gente pensa, ela não atinge só os consumidores, mas também os agricultores, as indústrias e os supermercados. 

Até mesmo o mercado pet, sempre imune à crise, já está sentindo no bolso as consequências da crise que assola o país.

Estoque reduzido pelo aumento de preço

Até por desconhecerem como funciona a inflação de fato, já que poucos gestores atuais vivenciaram um período inflacionário, esses tempos atuais servem, ao menos, como aprendizado.

Pois é, a verdade é que a inflação é novidade para muitos fabricantes e varejistas. Talvez isso explique a dificuldade que estão tendo em decidir o momento de passar  preços ao consumidor, abater estoques ou aproveitar possibilidades para reabastecê-los.

O fato é que o que estamos vendo são mercados segurando seus estoques, abastecendo bem menos.

Ou seja, os preços mais altos estão fazendo com que os supermercados apostem menos na reposição de itens não essenciais. 

A explicação disso é que a alta da inflação, somado a um menor poder de compra da população leva a uma menor demanda por aquilo que não faz parte da cesta básica.   

E como consequência disso, os consumidores  podem começar a sentir falta de alguns produtos nas prateleiras. 

Nesse sentido, se não é prioridade no carrinho dos consumidores, porque abastecer os estoques?

Indústria x Varejo

A inflação acabou causando, também, um forte embate entre indústria e varejo. Assim, para que o custo da produção não seja repassado aos itens nas gôndolas, os varejistas vêm reduzindo cada vez mais seus estoques e repondo menos  produtos essenciais.

Assim, o consumidor tem se deparado com poucas opções de chocolates nas prateleiras, por exemplo, já que, passado o período de páscoa, o varejo optou por comprar menos chocolate.

 Tanto pelo aumento de preço como pelas visíveis prioridades que os consumidores têm demonstrado na hora de fazer suas compras.

Nesse sentido, se antes o varejista pagava qualquer preço para ter em suas prateleiras determinados produtos, hoje já não é assim. 

Se antes quem corria atrás, querendo comprar era o varejo, hoje, o fabricante é quem quer, e precisa, vender. 

Estratégias do consumidor para driblar o aumento do preço no mercado

Atualmente, os consumidores estão comprando menos e, ainda, optando por marcas mais baratas. Um bom exemplo disso é a crescente aquisição de produtos de marcas de supermercado, ou seja:

  • Arroz;
  •  Leite;
  • Açúcar;
  • Papel higiênico.

Esses que são embalados por grandes redes varejistas e vendidos a preços muito menores. 

Nesse mesmo sentido, se antes a praticidade falava mais alto, e se investia mais em produtos prontos, hoje o consumidor já está preferindo preparar ele mesmo alimentos como, pães, bolos, torradas.

E também, buscando dias que tenham  promoções e ofertas nos supermercados para economizar ao máximo na hora das compras.

Ou seja, hoje o baixo custo é valorizado, com o foco agora 100% no custo. Assim, o consumidor vem, cada vez mais, procurando comprar no estabelecimento mais barato, e não naquele que fica mais perto de casa.

Mercado pet já sente a alta dos preços

Com o aumento da farinha de proteína animal, soja, arroz, milho e trigo, já era mais do que esperado que a crise acabasse chegando, também, ao setor pet.

É preciso ter em mente que o setor pet trabalha com produtos de ração, remédios como Nexgard, Bravecto o Simparic, produtos veterinários e de higiene, que estão com preços nas alturas, assustando os tutores de pets.

A ração subiu muito e, embora os tutores não deixem de comprar, claro, pois amam seus animais, eles estão optando por rações mais baratas. Assim, aqueles que só compravam rações Premium, hoje  estão optando por uma mais em conta. 

O fato é que, de uma forma geral, a indústria pet atende um mercado resiliente, ou seja, as famílias que possuem animais em casa não deixam de comprar os produtos, mesmo quando são submetidas a escolher por um produto mais acessível.

Por outro lado, a verdade é que, para não perder a clientela, conquistada à duras penas (já que esse mercado é muito concorrido), o setor tem absorvido muito da alta dos custos e, por isso, vivendo um cenário de estagnação, refletindo na geração de novos empregos.

No mais, vale considerar que os pets não vivem só de ração, precisam de várias vacinas, que não são baratas, vermífugos, entre outros remédios, e isso tudo, no final das contas, acabou sendo impactado com os muitos reajustes sofridos.