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Além das influencers: como usar a moda para o autoconhecimento

A moda surgiu oficialmente no início do renascimento europeu, em meados do século XV, e tem origem na palavra “modus”, que significa costume ou hábito.

A definição já levava em conta que as roupas eram uma importante forma de expressão, não só do gosto pessoal, mas também da classe social e outras diferenciações.

Relatos contam que as primeiras peças de roupa surgiram na pré-história, por volta de 600 mil a.C., provavelmente para proteger o corpo do frio e também pela necessidade social de cobrir algumas partes. No entanto, já faz muito tempo que a veste é muito mais que isso.

Na modernidade, temos à disposição uma variedade imensa de estilos, cortes, tecidos, cores e coleções em todos os estilos. Desde promoção de roupas até peças caras e exclusivas assinadas por estilistas famosos do mundo todo. Chega a ser difícil acompanhar tudo!

Onde fica o seu gosto pessoal no meio das tendências de moda?

A moda muda o tempo todo. Há décadas, acompanhar os lançamentos nas passarelas é um jeito de saber o que se deve vestir a cada estação.

Quem gosta de moda também não deixa de acompanhar as coleções de marcas conceituadas, que acabam inspirando peças similares para todos os bolsos.

Nos últimos anos, as blogueiras e influenciadoras têm sido outros importantes agentes para ditar o que está em alta.

Milhares de seguidoras acompanham as páginas de personalidades, que todos os dias postam looks diferentes. O estilo vai do criativo e inusitado ao clássico, depende de quem você segue.

Mas com tanta opção e tanta gente te dizendo o que pode e o que não pode, muitas consumidoras têm se sentido perdidas.

Afinal, será que todas essas tendências têm mesmo a ver com o seu estilo pessoal? Passou o tempo em que não se podia fazer essa pergunta. Agora, inclusive, se deve.

A mudança tem a ver com vários fatores históricos. Um deles é a busca pelo autoconhecimento, que faz com que mais pessoas olhem para tudo em si mesmas, inclusive para o que vestem e para o que isso expressa.

Outro fator relevante é o empoderamento feminino, que tem feito com que mulheres percebam que as melhores roupas e acessórios são aqueles que as fazem sentir bem, e não o que a sociedade diz que é certo.

O que, convenhamos, é uma ótima mudança no mundo, não é mesmo?

A pandemia, que fez todo mundo ficar em casa, também causou reviravoltas no mundo da moda. Uma das tendências é um movimento que ficou conhecido como “comfy”, que preza pelo conforto acima de tudo.

Com a volta do presencial, muita gente está levando esse conceito até para o ambiente de trabalho. Isso sem falar na preocupação ambiental, que também tem influenciado (com razão!) no que muita gente veste.

Com a urgência da mudança climática em pauta, muitas mulheres têm preferido um movimento slow fashion, que preza por:

  • Menos peças;
  • Mais versatilidade;
  • Maior variedade;
  • Marcas sustentáveis.

Diversos estudos mostram que nossas vestes influenciam como a gente se sente, incluindo autoconfiança e humor. E não existe uma peça certa para provocar esse efeito positivo em todas, cada pessoa tem que encontrar o que é que faz sentido em seu contexto único.

Como escolher o seu estilo?

Passar a encarar o seu estilo como uma forma de mostrar para o mundo quem é você é um processo e não existe receita de bolo, mas algumas dicas podem ajudar.

Você pode começar praticando o autoconhecimento. Nesse processo, tire um tempo para descobrir do que você gosta e com o que se sente confortável.

Depois, faça uma limpa no armário, com métodos como o de Marie Kondo, deixando apenas peças e acessórios que te “tragam alegria”.

Pense também nos ambientes que frequenta e nas regras implícitas e explícitas sobre como se deve vestir neles, mas lembre-se que seu estilo pode estar em qualquer ocasião.

Para quem quiser, existem consultorias que ajudam a descobrir as melhores cores e cortes para o seu corpo e cor de pele. Não é para elas funcionarem como um manual rígido, mas como um guia para pensar looks que te valorizem.

Não precisa deixar de acompanhar as tendências e nem de seguir as blogueiras. Elas podem te trazer várias inspirações, inclusive de combinações que você nunca tinha pensado antes e de novidades interessantes.

Só não se esqueça de perguntar se está comprando porque gostou ou porque te disseram que você tinha que gostar.